Assim que saiu a notícia de que uma cobra Naja picou um estudante de medicina veterinária em Brasilia parecia só mais um caso de cobra venenosa atacando alguém.
A grande questão, foi que, depois de mais informações, a Naja deixou de ser vilã para se tornar heroína dos animais traficados!
Isso mesmo! Quem é a verdadeira vítima?
Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, ficou conhecido como o estudante picado e foi parar na UTI. O hospital que ele ficou internado fez uma mega operação para ele se recuperar.
O Instituto Butantan, de São Paulo, tinha a ÚNICA dose de soro antiofídico disponível e enviou para Brasília. Logo em seguida a família do garoto importou mais dez doses dos Estados Unidos. Com isso, o estudante picado saiu da UTI e está acordado.
Todo esse trabalho que Pedro deu é porque o antídoto para a picada da cobra Naja não é produzido no Brasil. E você sabe por qual motivo?
Não existem Najas no Brasil.
Ou não deveriam existir. Nem era para a Naja estar aqui.
A cobra não veio para Brasília sozinha, muito menos rastejando.
Imagina você rastejar de algum país da África ou do Sul da Ásia até o Brasil?
Nem tem caminho de terra para isso.
O estudante picado não tinha documentos que autorizassem o porte da cobra. O que caracteriza a Naja como uma estrangeira ilegal em nosso país.
Em menos de uma semana eu:
— Naja de Brasília (@najaoriginal) July 11, 2020
– Me vinguei do meu opressor
– Desmontei um esquema de tráfico de animais
– Libertei mais de 16 companheiras
– Dei visibilidade ao amigo tubarão
– Fiz os criadores sentirem medo e eles já estão devolvendo as outras cobras pic.twitter.com/ahxBMRhJdD
Rainha da internet
Quando muita gente entendeu a situação da Naja, apoiou totalmente a cobra.
Principalmente porque, após a picada, ela conseguiu condições de vida melhores e está vivendo no Zoológico de Brasília.
Além disso, outras cobras que supostamente pertenciam ao estudante picado foram encontradas.
A história está indo tão longe que algumas pessoas decidiram entregar as cobras que tinham por conta própria.
Outras estão denunciando anonimamente cativeiros clandestinos. Nesse bolo todo, até três TUBARÕES foram encontrados. Sim, TUBARÕES.
A grande entidade INTERNET está apaixonada pela Naja. Foi criado um perfil no Twitter para ela, e os memes estão comendo solto.
Naja já se arrumou toda para um encontro de negócios com a Luísa Mell.
Boa tarde!! Indo tomar café com a minha amiga Luísa Mell. pic.twitter.com/OI9SK6y4vS
— Naja de Brasília (@najaoriginal) July 11, 2020
Até fez as unhas!
Sou obrigada a ter empatia? pic.twitter.com/Vby3wI95va
— Naja de Brasília (@najaoriginal) July 11, 2020
Ficou chateada quando descobriu que foi traficada!
Eu quando cheguei em Brasília: pic.twitter.com/STE32YwkXW
— Naja de Brasília (@najaoriginal) July 11, 2020
Deu lições de vida!
Espero que vocês tirem uma lição da minha história de vida: diálogo não leva a revolução. Imagina se eu tivesse divulgado carta de repúdio ao meu traficante ao invés de partir pro ataque?? pic.twitter.com/OR7n8DZWPT
— Naja de Brasília (@najaoriginal) July 11, 2020
Avisou que não veio para competir e sim para somar!
Cobras nativas, não quero rivalidade réptil aqui! O protagonismo é a nossa causa, temos que ter SOROridade 🐍
— Naja de Brasília (@najaoriginal) July 11, 2020
O Instituto Butantan, é claro, respondeu!
Ninguém solta a língua bifurcada de niguém! 🐍❤
— Instituto Butantan (@butantanoficial) July 11, 2020
Além disso ela fez uma belíssima homenagem as colegas Celeste e Silvia, pioneiras do movimento de representatividade naja no áudio visual.
Obviamente não posso esquecer da minha amiga Silvia, pioneira do movimento de representatividade naja no áudio visual. pic.twitter.com/fTuHj1fbh1
— Naja de Brasília (@najaoriginal) July 13, 2020
Ela fez! Ta feito e o povo ta gostando!
God’s time is always right pic.twitter.com/jUvU4yD3ku
— Naja de Brasília (@najaoriginal) July 12, 2020
Com infos: uol
Foto: Naja de Brasília @najaoriginal